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segunda-feira, 18 de setembro de 2017

Melodia Mortal - Pedro Bandeira e Guido Carlos Levi

Resenha por: Vitória Bueno
Nota: 8,5 - 10,0
Livro: Melodia Mortal - Sherlock Holmes investiga as mortes de gênios da música
Autores: Pedro Bandeira e Guido Carlos Levi
Número de páginas: 240
Editora: Fábrica 231




Resenha: Mais uma vez trago aqui algo relacionado a Sherlock Holmes. Como eu já disse diversas outras vezes eu adoro esse personagem e consumo muitas coisas relacionadas a ele.

Bom, eu descobri esse livro através de um canal no Youtube e me lembro que nem era uma resenha, mas corri para comprar, só por ser sobre Sherlock Holmes kk Eu não costumo ser tão impulsiva, principalmente com livros que eu não tenha ouvido falar muito, mas a verdade é que a premissa já é interessantíssima se o leitor curte o famoso detetive, mas é ainda mais instigante se o leitor é assim como eu, apaixonado por música.

Acho que já comentei aqui em algum momento que eu estudo música, então todo esse contexto de investigações das mortes de grandes compositores clássicos me atraiu logo de cara.

Mas vamos para o livro.

Ele é dividido por seis contos em que Sherlock Holmes e Dr. Watson investigam as mortes dos famosos artistas. O interessante é que na maioria dos contos o mistério da morte do músico em si nem é de grande importância. Holmes e seu fiel amigo estão investigando algum mistério e de alguma forma o mistério os faz lembrar de algum grande nome da música. Assim, Holmes decide palpitar sobre o que poderia ter acontecido com os compositores e se a medicina da época (da época das mortes) estavam certas ou poderia haver algum erro nos diagnósticos. Após Holmes dar suas deduções, o conto se encerra e a história passa a ser narrada no presente. Nesse presente, médicos de diversas especialidades que são grandes fãs do detetive estão estudado os seus casos e tentando com a ajuda da medicina do século XXI desvendar finalmente o que houve com os músicos.

Além disso, no fim de cada conto, há dicas de músicas do músico em questão e ainda uma mini biografia.

Os compositores citados são: Vincenzo Bellini, Frédéric Chopin, Wolfgang Amadeus Mozart, Piotr llitch Tchaikovsky, Robert Schumann e Ludwing van Beethoven.

Uma curiosidade é que Guido Carlos Levi, um dos autores do livro é médico, então é ele quem fez a parte das teorias médicas citadas no livro!

Bom, o livro é muito interessante e tem mais pontos positivos do que negativos. Mas, é claro que eu como fã de Conan Doyle iria achar alguns pontos fracos nessa obra:

  1. O Sherlock Holmes é retratado nesse livro como um extremo nacionalista e critica todas as cidades, países etc, que não são ingleses ou colônias inglesas. Bom, acho que quem leu as histórias originais do famoso detetive sabe que ele era sim, um nacionalista, mas ele nesse livro em questão é muito extremista e faz sempre algum comentário preconceituoso a respeito dos outros países. Isso me incomodou um pouco, porque até esses momentos, que são muitos, eu estava me sentindo realmente em um conto escrito por Doyle.
  2. Watson também está muito estereotipado. Sim, o nosso Doutor Watson era apenas um ouvinte fascinado na mente de Holmes e em muitos momentos ele realmente era desvalorizado e sem muita presença na história, além de Sherlock, às vezes desmerecer a mente de seu amigo, mas aqui nesse livro, novamente temos um certo exagero dessas características que me deixou incomodada.


Fora isso, não há nada esse livro que seja ruim a ponto de eu precisar comentar. Adorei a escrita dos autores, aprendi muito sobre vários músicos que eu admiro e além disso me vi novamente no universo de Sherlock Holmes.
Recomendo muito esse livro.

Obs: Quase me esqueci: aqui nesse livro o narrador dos contos é, e não poderia ser diferente, o doutor favorito dos fãs de Sherlock Holmes, Dr. Watson.

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