Depois
de ler O Retrato de Dorian Gray
decidi ler outras coisas de Wilde. Então peguei esse livro de contos e após ler
alguns textos, pensei que talvez fosse legal trazer um mini projeto aqui pro
blog. Farei posts, falando sobre todos os contos dele. São 14 no total. Dividirei
então entre sete posts, onde falarei brevemente sobre dois contos em cada.
Acho
interessante trazer coisas assim porque muita gente não gosta de ler contos o
que é uma perda, pois podemos encontrar grandes histórias neles. E por isso vou
começar a falar mais sobre contos aqui no blog. Já tenho muitas ideias para
2018, não só com os contos de Oscar Wilde. Então aguardem!!!
O Príncipe feliz
O
conto narra a história de uma estátua que era muito admirada. Era a estatua do
príncipe feliz.
Um
dia uma andorinha pousou sobre os pés da estatua do príncipe e percebeu que
este chorava. O príncipe lhe contou que quando era vivo, morava no palácio de
Sans-Souci e que lá ele não conhecia a tristeza e por isso sempre fora feliz.
Quando morreu ele foi transformado em estátua e colocado no alto da cidade,
onde podia ver toda a tristeza, a miséria, a desigualdade e por isso chorava, porque
agora era infeliz.
O
andorinha (era macho) contou que precisava ir para o Egito porque o inverno
estava chegando e se ficasse, morreria de frio. Mas a estátua lhe pediu que
ficasse por uma noite, e que levasse o rubi que estava preso no cabo de sua
espada para uma costureira pobre, que estava com o filho doente em casa.
O
andorinha fez o que lhe foi pedido e no dia seguinte se sentiu muito bem pela
boa ação.
A
partir desse ponto, a narrativa vai expondo alguns aspectos da miséria que permeia
a cidade, usando personagens como exemplo. Mas o foco está na verdade na
miséria do próprio príncipe, que por ter sido privilegiado com uma vida de
riquezas, não via o que acontecia com seu próprio povo. Na morte, ele conhece a
verdade, e encontra a verdadeira amizade em sua jornada.
O
andorinha, também é uma personagem importantíssima, pois deixa sua vontade de
lado para ceder ao próximo e assim, ajuda o príncipe a se redimir de sua
desgraça.
O Rouxinol e a Rosa
Já
esse conto, fala sobre um jovem estudante apaixonado. Sua amada lhe pedia uma
rosa vermelha em troca de uma noite de danças em um baile. Mas o jovem não
encontrava uma rosa vermelha em lugar algum e por isso se sentia um desgraçado.
O
rouxinol, ao ver o estudante chorar se compadeceu e se dispôs a ajudar. Decidiu
que cantaria sua mais doce melodia em troca da rosa. Mas também não conseguiu
encontrar a rosa em lugar algum. Quando finalmente encontrou, a roseira lhe disse
que naquele ano não teria rosas. O rouxinol estava desolado. A roseira então
lhe disse que havia um jeito de conseguir a flor. O rouxinol deveria cantar com
um espinho da roseira enfiado no coração, e assim, nasceria uma rosa vermelha.
A partir desse ponto da narrativa, a ave se pergunta até onde se deve
ir pelo amor. E será que era amor? O conto faz o leitor pensar no amor que se
espalha no mundo. E essa reflexão é super válida para os dias atuais. O que
pensamos que sentimos é amor ou apenas uma simples adoração?
Conto incrível!!!
Conclusões finais sobre os contos:
Achei interessante a forma com que eles são narrados. De forma
simples, sem muitos rodeios. Diferente com certeza do famoso O Retrato de Dorian Gray, que carrega
uma linguagem mais trabalhada e complexa. Além disso, o autor aproxima muito
esses contos das fábulas: ele dá vida e personalidade aos animais e o final dos contos carrega uma
mensagem moralizante, fazendo com que estas, sejam leituras voltadas para o
público mais juvenil. Outra coisa interessante neles, é que as personagens
humanas não possuem nomes, é sempre “o estudante”, “a costureira” etc.
Acho super válido conhecer esses contos ;-)
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